ETAPA 1: De acordo como tema apresentado, analise o caso clínico abaixo:
Sofia, uma adolescente de 16 anos, procurou atendimento queixando-se de ter "muitas espinhas no rosto" que não melhoravam. Ela relatou que a acne, que a incomoda desde os 13 anos, piorou significativamente nos últimos seis meses, com o surgimento de pápulas e pústulas, principalmente na testa, nariz e queixo, mas também nas bochechas e mandíbula. Essa situação a deixava bastante constrangida, afetando sua autoestima e a forma como interagia socialmente.
Durante a conversa, Sofia descreveu sua rotina de cuidados com a pele, que incluía algumas práticas que chamaram a atenção. Acreditando que a oleosidade era a principal causa da acne, ela lava o rosto cerca de cinco vezes ao dia usando um sabonete com ácido salicílico. Ela fazia isso para "secar" a pele, mas percebia que, após a lavagem, a pele ficava "repuxando" e, parecia ficar ainda mais oleosa ao longo do dia. Além disso, Sofia tinha o costume de tomar banhos muito quentes e usava água na mesma temperatura elevada para lavar o rosto, achando que isso "abria os poros" e ajudava na limpeza profunda. Apesar da sensação de ressecamento e de a pele "repuxar" depois de lavar, ela não usava nenhum tipo de hidratante facial, com medo de que isso pudesse "engordurar" a pele e agravar a acne. Não havia outros sintomas sistêmicos, e ela negava alergias. A mãe e o pai de Sofia tinham histórico de acne na adolescência.
No exame físico, observou-se a presença de comedões abertos e fechados, pápulas e algumas pústulas, com reação inflamatória, sem cistos e nódulos. Havia também algumas cicatrizes e hipercromias de lesões anteriores. A pele da Sofia apresentava áreas de vermelhidão e uma leve descamação, indicando ressecamento e irritação, mesmo com a percepção de oleosidade que ela tinha. A textura da pele estava um pouco áspera em certas regiões.